ID: Invaded é um dos animes originais da temporada de inverno deste ano e minha primeira RegraDe3. Isso significa que o material base da obra não veio de uma light novel, mangá, livro ou qualquer outra fonte; e sim, de um roteiro apresentado a um estúdio que decidiu apostar no material.
- Gêneros: Sci-Fi, Mistério
- Estúdio: NAZ
- Material: Original
- Episódios: 13
- Novos episódios: Domingo
A recepção desse anime está parecendo boa, afinal ele já ostenta uma nota de 7.47 no site MyAnimelist com apenas três episódios.
O diretor dessa obra é o experiente Aoki Ei, conhecido por trabalhos como Fate/zero, Angel Beasts!, Bakemonogatari, Blood +, entre vários outros. De fato, apenas pelo currículo do diretor, já é possível prever algo no mínimo bom.
Porém, o estúdio responsável não tem grandes animes em seu catálogo. Contudo, eles também não tem nenhum desastre/fiasco. Resumindo, é um estudio mediano.
A abertura é muito boa e criativa e fica por conta do músico Sou, com a música Mr. Fixer.
Uma premissa intrigante
A história segue Sakaido, um “detetive brilhante” que adentra em uma máquina chamada “Poço” para solucionar casos envolvendo serial killers.
Essa máquina coleta fragmentos de memórias buscando reconstruir e simular o inconsciente das pessoas. Toda vez que ele usa o Poço, o detetive perde suas memórias incluindo seu objetivo ali naquele lugar.
Sakaido acorda em um mundo onde tudo está fragmentado, incluindo ele e algumas outras pessoas dentro daquela simulação.
Enquanto ele tenta interpretar aquela “bagunça”, uma equipe monitora tudo o que ele vê e realiza pesquisas em tempo real, na tentativa de identificar o assassino.
Porém essa equipe não consegue se comunicar com Sakaido enquanto ele utiliza a maquina.
Primeiras impressões
No início do primeiro episódio, ID: Invaded apresenta-se bastante promissor. Character design foi o que mais me chamou a atenção. Porém, a trilha sonora e o desenvolvimento também foram pontos fortes presentes durante esses três episódios.
Ainda no episódio inicial, vemos uma personagem bastante importante para a trama, Kaeru.
Todas as vezes que Sakaido vê a garota, ele se lembra de seu próprio nome, de sua profissão e de seu objetivo.
O que me faz lembrar dos totens de Inception, visto que as duas tramas usam esse recurso com o objetivo de fazer as pessoas lembrarem que estão sonhando.
No segundo episódio, o anime nos passa um esboço geral da coisa. Temos o personagem principal que, em busca de solucionar o assassinato brutal de sua mulher e filha, acaba trilhando um caminho de vingança ainda não mostrado. Mas, que possivelmente o fez matar alguém, levando-o a prisão.
Os antagonistas que são assassinos em séries, e o grande vilão é apelidado de “Jhon Walker“ por causa de sua aparência.
Ao que tudo indica, os assassinos em série tem alguma ligação com Walker.
O que intriga os investigadores é o fato de sua forma estar sempre embaçada e vazia, como se tivesse sido apagada da memória mas que ainda assombra o subconsciente dos assassinos.
O terceiro episódio nos apresenta o outro lado do protagonista. Que possui uma personalidade difícil de classificar, que gosta de conhecer o cerne de um inimigo para conseguir brincar com suas emoções e manipulando ela ao ponto de levá-la a morte.
ID: Invaded é cabeçuda ou confusa?
É fato que ID: Invaded é uma trama difícil de entender, porém existe uma diferença entre difícil e confuso.
O maior problema dessa história são as explicações corridas e rasas sobre o que está acontecendo, exemplo disso é como funciona o tal do Poço (se alguém entendeu certinho com esses três episódios, explica para gente ai).
Os agentes de campo carregam um equipamento ultra secreto capaz de ler a intenção de matar de alguém e coleta dados que ficam “presos no ar”. A principio, é como se eles estivessem jogando uma conversa furada para driblar uma explicação mais científica e precisa.
ID: Invaded não é um anime fácil no quesito narrativa.
A história é transversal, começando de um ponto no meio de algo e o expectador vai aprendendo aos poucos sobre aquele universo.
Porém, ao fazer isso, muitas informações parecem jogadas, dificultando a compreensão do todo. Ao assistir os três primeiros episódios desse anime me deparei com um dilema:
Eu sou burro e não estou entendo o conceito direito, ou o anime não está sabendo me explicar as regras desse mundo?
Digo isso pois a explicação que eu dei no início do artigo sobre seu funcionamento faz um pouco mais de sentido do que a explicação dada pelo anime.
Finalizando…
Espero que nos próximos episodios de ID: Invaded explorem mais sobre o passado do protagonista que parece bastante obscuro e interessante.
Mas, mais importante do que o desenvolvimento de personagem, seria explicar melhor como funciona esse método de simular o inconsciente dos assassinos e o que é essa tecnologia.
O problema em obras assim, é a mesma se dizer sci-fi, com o intuito de parecer cabeçuda, mas na verdade seu pano de fundo é uma fantasia, e não se assume como tal, assim como acontece em Bunny Girl. Se você quiser entender um pouco mais sobre isso, nosso editor André Uggioni fez uma matéria completa sobre o filme e sobre o anime.
Mas, minhas expectativas sobre o anime são as melhores possíveis.
Os três primeiros episódios foram muito bons. Dessa forma, vou torcer para que a história se desenvolva da melhor maneira possivel e nos entregue a melhor narrativa do ano.
Pois é fato: ID: Invaded tem potencial para isso.
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